Dr. Renan Borges – Ortopedia e Traumatologia em Ribeirão Preto – SP

Dedo em gatilhoNódulo de Notta

O que é ?

O dedo em gatilho, também conhecido como tenossinovite estenosante, é uma condição que afeta o funcionamento dos tendões flexores dos dedos das mãos, resultando em bloqueio ou dificuldade na extensão ou flexão do dedo acometido. 

A condição ocorre devido ao espessamento do tendão ou da polia A1, levando a um atrito que impede o deslizamento suave do tendão pelo túnel fibrocartilaginoso na palma da mão, provocando um click ao realizar o movimento, semelhante a um gatilho de revolver.

A primeira descrição do dedo em gatilho foi feita por Notta em 1850.  O médico francês chamado Alphonse Notta percebeu que quatro de seus pacientes não conseguiam estender facilmente os dedos previamente flexionados, especialmente o terceiro e o quarto dedos.


Epidemiologia

O dedo em gatilho é mais comum em adultos, especialmente entre 40 e 60 anos, e apresenta uma prevalência estimada de 2% a 3% na população geral. É mais frequente em mulheres, com uma proporção de 6:1 em relação aos homens. 

Indivíduos com comorbidades como diabetes mellitus, artrite reumatoide e doenças inflamatórias crônicas apresentam maior risco de desenvolver a condição. Pacientes diabéticos dependente de insulinoterapia chegam a ter uma incidência até cinco vezes maior.

Em crianças, o dedo em gatilho congênito é uma entidade distinta, sendo menos prevalente, com uma estimativa de 0,05% a 0,3% dos nascidos vivos. O polegar é o dedo mais comumente acometido, dando origem ao termo “polegar em gatilho congênito”.

Quando não associado à outras doenças o dedo em gatilho acomete com maior intensidade; o polegar seguido de anular, do indicador, do dedo médio e do dedo mínimo, não sendo incomum o acometimento de múltiplos dedos. 


Fisiopatologia

O dedo em gatilho é mais comum em adultos, especialmente entre 40 e 60 anos, e apresenta uma prevalência estimada de 2% a 3% na população geral. É mais frequente em mulheres, com uma proporção de 6:1 em relação aos homens. 

Indivíduos com comorbidades como diabetes mellitus, artrite reumatoide e doenças inflamatórias crônicas apresentam maior risco de desenvolver a condição. Pacientes diabéticos dependente de insulinoterapia chegam a ter uma incidência até cinco vezes maior.

Em crianças, o dedo em gatilho congênito é uma entidade distinta, sendo menos prevalente, com uma estimativa de 0,05% a 0,3% dos nascidos vivos. O polegar é o dedo mais comumente acometido, dando origem ao termo “polegar em gatilho congênito”.

Quando não associado à outras doenças o dedo em gatilho acomete com maior intensidade; o polegar seguido de anular, do indicador, do dedo médio e do dedo mínimo, não sendo incomum o acometimento de múltiplos dedos. 

Dr Renan Borges Ortopedista e traumatologia Cirurgião da mão

O melhor médico para tratar dedo em gatilho é o Ortopedista e Traumatologista, Especialista em Cirurgia da Mão. Dr Renan Borges é Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, tem ampla expertise no tratamento do dedo em gatilho, atende em Ribeirão Preto – SP.


Sintomas

Os principais manifestações clínicas incluem:

  • Dor na base do dedo afetado, especialmente ao pressionar a polia A1.
  • Bloqueio ou travamento do dedo ao tentar flexioná-lo ou estendê-lo.
  • Estalido audível ou palpável durante o movimento do dedo.
  • Rigidez matinal, mais comum em casos crônicos.
  • Auxílio da outra mão para destravar o dedo. 

Em crianças, o polegar pode permanecer em flexão fixa (contratura em flexão), sem dor, mas com limitação funcional evidente.


Diagnóstico

O diagnóstico é clínico e baseia-se na história e no exame físico. A presença de dor localizada sobre a polia A1, associada ao travamento ou estalido, é característica. 

Em crianças, a deformidade do polegar em flexão é suficiente para o diagnóstico. Exames de imagem, como ultrassonografia, podem ser úteis em casos atípicos.


 Classificação do dedo em gatilho

  • Grau 0   Dor e crepitação no deslizamento do tendão, sem bloqueio;
  • Grau I    Dor e o bloqueio é esporádico;
  • Grau II  Bloqueio constante, porém não necessita de ajuda para desbloquear;
  • Grau III Bloqueio constante, necessita de ajuda da outra mão para desbloquear o dedo
  • Grau IV Deformidade fixa.

Tratamento

Tratamento Conservador

  1. Imobilização: Uso de órteses para limitar a flexão do dedo acometido, promovendo repouso do tendão.
  2. Medicação: Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) para controle da dor e inflamação.
  3. Infiltração de Corticoides: É eficaz em até 70% dos casos, especialmente em estágios iniciais.
  4. Fisioterapia: Alívio da dor e trabalho de alongamento auxiliam o tratamento do dedo em gatilho. 

Tratamento Cirúrgico

A liberação da polia A1 é indicada em casos refratários ao tratamento conservador ou em estágios avançados. O procedimento pode ser realizado de forma aberta ou por técnicas minimamente invasivas, com altas taxas de sucesso e baixa recorrência.

É consenso que o dedo em gatilho grau IV deve ser tratado cirurgicamente. 

A cirurgia aberta para o tratamento do dedo em gatilho é realizada há mais de um século, havendo diversas possibilidades de incisões cirúrgicas. 

Não há necessidade e de imobilização após a cirurgia, proporcionando uma recuperação rápida. 

Polegar em gatilho tem uma peculiaridade que é o cruzamento oblíquo do feixe de nervo digital sobre a polia A1. 

Dedo em Gatilho Congênito

Dedo em gatilho congênitoPolegar em gatilho congênito

O tratamento inicial geralmente é conservador, com acompanhamento clínico, já que alguns casos podem resolver espontaneamente até os 2 anos de idade. 

Caso persista, a liberação cirúrgica do tendão é indicada para restaurar a função.


Prognóstico

O dedo em gatilho tem um bom prognóstico quando tratado adequadamente. O tratamento conservador é eficaz em muitos casos, mas a cirurgia oferece uma solução definitiva em casos mais graves ou refratários.

Em crianças, a correção cirúrgica precoce do dedo em gatilho congênito geralmente resulta em recuperação completa, com preservação da função do polegar.


Conclusão

O dedo em gatilho é uma condição comum que pode impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado; conservador ou cirúrgico, são essenciais para garantir o alívio dos sintomas e a restauração da funcionalidade do dedo acometido. Em crianças, a abordagem cuidadosa do dedo em gatilho congênito permite uma recuperação funcional excelente, destacando a importância do manejo individualizado em cada faixa etária.

Leia também:

Artigo Científico: Tratamento de dedo em gatilho

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